A figura paterna em nós

Nossa alma caminha para a integração.

Nos relacionamos com a dualidade: figura materna X figura paterna, masculino X feminino. Elas são projetadas no outro e, quando em desequilíbrio, tornam-se rígidas e estereotipadas, caricaturas! Quem te propor trabalhar sua “energia” feminina por você ser mulher e “energia” masculina aos homens, estará reproduzindo papéis fixos, fuja disso. Mesmo se não quiser fugir, sua psique irá te empurrar de algum modo para essa direção, esse confronto com os opostos.

Falando em opostos, temos o pai herói X mãe solo em nossa sociedade, em total desequilíbrio.

O termo mãe solo ainda é muito pouco conhecido embora muito vivido. A mãe solo está presente no cansaço e na sobrecarga. O pai herói na ajuda.

A ausência paterna tem sido compensada na sua idealização, exaltada nos gestos que aparecem (para aparecer realmente). Nessa escuridão, uma mínima luz será notada. Precisamos olhar para essa sombra e não só para essa luz.

Longe de convocar a presença dos pais, justamente hoje no dia dos pais, convoco a buscar essa integração, da figura paterna em nós.

“Embora a mulher possa ser ferida pela relação comprometida com o pai, é-lhe possível trabalhar para a cura dessa ferida. Sofremos a influência de nossos pais, mas não estamos predestinadas a permanecer meros produtos deles. De acordo com Jung, existe na psique um processo natural de cura que se dirige ao equilíbrio e à totalidade. Também existem na psique padrões naturais de comportamento que ele denominou arquétipos; estes estão disponíveis como modelos internos, mesmo que os externos estejam ausentes ou sejam insatisfatórios. Nesse sentido, a mulher tem em si todo o potencial do arquétipo paterno, e pode ter acesso a esse potencial com o inconsciente. Assim, mesmo que os pais pessoais ou culturais tenham inicialmente moldado nossa imagem consciente como mulheres e ainda o que podemos fazer no mundo e nos contatos que tivermos com os homens, existem em nosso interior também os aspectos positivos e criativos do pai arquetípico interno que podem compensar muitas das influências negativas existentes em nossas histórias reais de vida. O potencial para atingirmos uma melhor relação com o princípio paterno é algo que todos temos em nosso íntimo. As imagens oníricas muitas vezes revelam dimensões anteriormente desconhecidas do pai e que podemos experimentar a fim de nos tornarmos mais completos e maduros.” (Leonard, 1991, pág. 45)

Referência bibliográfica

Leonard, Linda Schierse. A mulher ferida; tradução de Maria Silvia Mourão Netto. 2ª ed. – São Paulo: Saraiva, 1991.

🤗🥰 Caroline Lampe Kowalski – Psicóloga Clínica – CRP 12/10806
Abordagem analítica

Obs: as imagens oníricas são os sonhos.

Caroline Lampe Kowalski Machado

Caroline Lampe Kowalski Machado

Psicóloga Clínica
CRP: 12/10806

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