“Sinceramente, não romantizo a amamentação…
É um momento ímpar do afeto imediato de mãe e filho, mas é doloroso, doído, desgastante e desesperador (ao menos para mim)… preparei meus seios – que por falar nisso, eu tinha colostro aos 3 meses de gestação, os médicos que acompanhavam e o enfermeiro Glauber ficaram impressionados ao atestarem isso, eu tinha “leite” precocemente antes de “parir” – tomava banho de Sol nos “bicos”, massageava, fazia orações e meditações para dar tudo certo.
Acontece que somos deterministas e sempre esperamos a reação das nossas expectativas.
O que aconteceu, meu filho tinha demanda livre, pegava no bico direitinho mas mamava “como uma capivarinha raivosa” já quando saiu da barriga. Com 10 dias, ele mamava sangue e leite juntos, porque meus bicos racharam tanto que feriram a ponto de um deles ficar pendurado, e, com 15 dias, eu queria desistir… mas minha mãe virou para mim e disse: filha, tenha paciência, você sabe como você sofre até hoje do estômago porque eu não te amamentei…
Agradeço minha mãe até hoje por isso, meus dois filhos mamaram exclusivamente o leite materno até os 7 meses e depois, com a introdução de alimentos, até os 2 anos, um deles, e 2 anos e 1 mês, o outro… e vou te falar, o mais velho tem 16 anos e a menina, 11 anos, nunca tomaram antibióticos. Tem uma saúde de ferro e eu não gasto com remédios. Graças à amamentação!
Amamentação foi do afeto à ressignificação.”
Relato enviado por Lorena Mendes, mãe de um casal de filhos.
Imagem de Yolanda Díaz Tarragó por Pixabay.
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